Não quero, aqui , levantar nenhuma discussão sobre branding ou coisa parecida. E nem sobre o Instagram, que, na minha opinião, é uma das redes sociais mais legais. E pra quem gosta de imagens, recomendo fortemente experimentarem o Pinterest. Mas também não é disso que quero falar.

Faz alguns dias, o Instagram divulgou, e atualizou em milhões de celulares, a sua nova logomarca. Ou logotipo. E acabou gerando um monte de comentários ácidos mundo afora. Obviamente que seu novo formato vem do antigo, mas foi muito simplificado e recebeu um fundo degradé, alvo da maioria das críticas.

Porém essa mudança segue uma tendência geral, que é a da simplificação. Em um mundo cada vez mais marquetizado, onde o consumidor/cliente é cada vez mais bombardeado com imagens e informações, urge se aproximar da simplicidade, buscando cada vez mais um pedaço da “memória” das pessoas.

Isso me lembra do curta de animação que venceu o Oscar em 2010, Logorama. Produzido na França, traz uma visão sacadíssima desse mundo de logomarcas em que vivemos. Pare alguns minutos e assista. Vale a pena.

Mas voltando à simplicidade, isso nem sempre significa que vai ser melhor ou mais bonito, de uma maneira ou de outra. Podemos até nos lembrar da escola Bauhaus, onde “menos é mais”. É bastante comum as logomarcas serem modificadas, evoluirem, sutilmente ou radicalmente. Porém, no caso do Instagram, foi radical demais. A marca original era muito bem feita. Ou talvez traduzisse perfeitamente a proposta da rede social. Sempre me lembrou aquelas antigas máquinas Polaroid, que, pra quem não sabe, tiravam fotos instantâneas. Procure no Google que você vai ver que era muito legal. E o Instagram trazia também aqueles filtros que davam à foto aquele ar antigo, de filme, de papel desbotado. E isso reforçava ainda mais a marca original.

Então, eu acho, que o Instagram errou feio ao mudar sua marca tão radicalmente. Podem argumentar o quanto quiserem, mas atingiu um sentimento que os usuários tinham do aplicativo, que era um pouco de nostalgia, do velho/novo, de ter aquele lance da fotografia da família, do instantâneo, e tudo isso dentro de um aparelho de telefone celular, um smartphone. Ou coisa que o valha…

Mudar é bom, claro, faz parte da comunicação de qualquer empresa, das maiores às menores. Da Pepsi até a loja da esquina. Porém, cuidado com as mudanças. Principalmente no design e aonde ele influencia na comunicação, na tradição e valor que uma marca tem para seus consumidores.

É isso aí !!!
Fernando Zavarelli

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